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Diretora de novo filme de Regina Casé fala sobre Brasil de Bolsonaro: “sinais do que vinha estavam todos ali”

Regina Casé em “Três Verões” // Divulgação

O Glamurama informa que o cinema nacional segue em uma de suas melhores fases fora do Brasil, marcando presença em importantes festivais internacionais. “Três Verões” é o nome do novo filme da diretora Sandra Kogut que terá estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), que rola entre 5 a 15 de setembro. Protagonizado por Regina Casé, Três Verões é um retrato do Brasil atual. Pelo olhar de Madá (Regina Casé), caseira em um condomínio de luxo à beira mar, se vê o desmantelamento de uma família em função dos dramas políticos que abalaram o país nos últimos anos (2015, 2016 e 2017). A trama se desenrola sempre na última semana do ano, entre o Natal e o Ano Novo, na luxuosa casa de veraneio da família. A personagem de Madá está entre dois mundos, ela é dona da casa sem ser: comanda os empregados, mas é submissa aos patrões. “Dizem que se antes os brasileiros costumavam saber de cor o nome dos jogadores da seleção, hoje isso se transferiu para os nomes dos juízes do STF. A população passou a seguir os acontecimentos do país como quem acompanha uma novela, colada nos próximos capítulos. ‘Três Verões’ nasceu do desejo de falar sobre o que vem acontecendo no Brasil nestes últimos anos através de personagens que estão geralmente num canto do quadro. Ou fora da tela. Os figurantes, os invisíveis. O que acontece com aqueles que orbitam em torno dos ricos e poderosos quando a vida destes desmorona? De que maneira eles sofrem as consequências?”, diz a diretora Sandra Kogut.

De acordo com a publicação, a história começa em 2015, quando tudo aparenta ir bem para o casal Edgar (Otávio Muller) e Marta (Gisele Fróes). Cercados de amigos, do sogro viúvo e do filho adolescente, eles celebram o Natal e o fim do ano numa festa espetacular. A única sombra é a chegada de um dos convidados usando uma tornozeleira eletrônica. Durante este curto período do ano, Madá e os outros empregados precisam se acostumar a conviver com os patrões e suas festas, que só aparecem nesta época. Mas no segundo verão, em 2016, vemos Madá sendo obrigada a desmarcar a celebração. A partir daí os empregados são obrigados a usar a criatividade para lidar com os problemas que começam a surgir.

“É um olhar sobre o momento que antecedeu os acontecimentos de 2018. Percebemos que os sinais do que vinha pela frente estavam todos ali, mas ninguém era capaz de enxergá-los”, comenta Kogut, completa o site.

Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: pedrozambarda@gmail.com

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