Pedro Cardoso interpretou o taxista Agostinho Carrara (foto: Gianne Carvalho/TV Globo)
Pedro Cardoso interpretou o taxista Agostinho Carrara (foto: Gianne Carvalho/TV Globo)
Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:
Queria falar de ator, personagem e ideologia. Alguns que se desagradam com minha defesa da liberdade e consequente ataque ao nazifascismo messiânico – do qual Paulo Pinochet não cansa de dar prova – vêm aqui se dizer decepcionados com o “Agostinho” do qual tanto gostavam. Acho revelador de um incomodo.
A ação de toda pessoa é resultado de sua ideologia (encontro de ideias e percepções e ignorâncias de cada um). Meu trabalho, como o de qualquer outro, é produto da minha ideologia; de esquerda no meu caso. (O q é mais q uma opção partidária.) Agostinho Carrara é a minha visão de mundo. É impossível gostar dele sem gostar do que eu penso e digo aqui.
Eu e Agostinho Carrara não compartilhamos a mesma ideologia; mesmo pq personagens não são pessoas; são reduções a arquétipos sociais. Mas o q se vê, e se gosta, quando se assiste ao meu trabalho em A Grande Família é o quê, da minha visão de mundo, eu faço visível na minha interpretação do arquétipo Agostinho Carrara.
Percebo o incomodo de quem, convencido pelo pastor ou pelas falsas notícias de q o mal absoluto chama-se esquerda, se confronta com o gosto pelo Agostinho e o desgosto comigo. Sabe ele que Agostinho é criação da minha ideologia; e assim ele se debate entre a mentira da qual sua razão convenceu-se e o prazer estético que sua psicologia maior usufruiu.
Acho importante falar disso para expôr o vazio estético do nazifascismo brasileiro. A pessoa deve compreender a ausência de divertimento do mundo proposto pelo messianismo da falsa fé, que deles só quer o dinheiro e a obediência. Deixe-mo-los com a não poesia do seu mundo. O moralista é sempre apaixonado pela perversão que combate.
O elogio a Agostinho como crítica a mim é resultado dessa paixão do moralista pela perversão (para ele!) que ele rejeita. Quem gosta de arte, e mantem-se honesto com o seu gostar, não cabe no nazifascismo.
Para caber precisa produzir a mentira de separar o artista da sua arte; mas sabemos serem eles indissociáveis. Talvez, sem ter como separar o que lhe agrada de quem o faz, a pessoas capturada pela falácia nazifascista opte pelo prazer estético, por fim.
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