DCM – Entretenimento

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Bom dia.

Existe uma enorme diferença para mim entre um assassino e um ladrão. É verdade que o roubo pode provocar a morte de alguém mas, ainda assim, há uma diferença para mim entre quem se determina a matar e quem negligencia a defesa da vida. Alguns colegas que ainda navegam na ilusão messiânica, e estão rumando descontroladamente assustados para o obscurantismo da falsa fé de tantas igrejas atuais, reclamam que eu só ataco Bolsonaro e seus filhos e nada falo contra a corrupção do PT.

É claro que não me leram mas eu repito porque respeito o medo em que eles vivem. Minha opinião (sem certezas) é a de que o PT pouco fez ou nada fez contra a corrupção. As fortunas devolvidas confirmam minha suspeita embora (digam alguns) ela foi roubada desde antes de o PT estar no poder, o que não tenho porque duvidar. Mas como eu dizia a cima, roubar não é o mesmo que matar.

Nunca percebi no PT desejos de instalar no Brasil uma ditadura assassina. Há algo de bom na origem dos movimentos sociais que resultaram no partido. Já o movimento golpista fundamentalista de falsa fé sempre foi declaradamente apaixonado pela violência e pela tortura. Entre o ladrão e o assassino, eu, se não tiver escolha, escolho o ladrão.

O PT nasceu de uma vontade honesta de justiça social; o messianismo nazifascista nasceu do sadismo dos impotentes. A verdade sobre os fatos está espalhada na confusão caótica da informação desonesta do nosso tempo. Eu só sei o que todo mundo sabe. Decido depois de pensar: do PT, a democracia tem como colher o que de melhor nele houve e pode haver; do nazifascismo não há nada de bom que posso ser colhido.

É tudo ódio em nome do amor a deus. Espero ter sido claro pois a confusão só interessa aos poderosos. Por isso não há nada mais confuso do que o deus que surge do sermão de um pastor charlatão antes de ele exigir o pagamento do dízimo do qual ele vive; seja católico ou protestante.

Por outro lado, não há nada mais bonito do que uma pessoa de verdadeira fé; mas onde elas estão? No poder é q não é.