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Pedro Cardoso sobre nazismo e Roberto Alvim: “demissão não implica que Messias não se sinta representado por ele”

Pedro Cardoso. Foto: Reprodução/Instagram

Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:

Sem palavras. Mas muito importante jamais esquecermos essas palavras.

A demissão imediata do agressor não implica, de modo algum, que Messias não se sinta representado por ele, e pelas palavras ditas por ele. É uma demissão fantasiosa. Compra com ela, o des-governo, aparência de democrata, de justo; remenda o seu disfarce de direita correta. Mas Messias e quem o cerca são mesmo fascistas, nazistas, torturadores. O incauto Roberto Alvin, o agressor, apenas errou na medida. Fez evidente demais a brutalidade que eles amam. Acho que desse episódio fica a mais nítida evidência de que esse grupo que ascendeu ao poder é mesmo irresponsavelmente violento. São pessoas sádicas. Ainda não arvoraram-se na repressão total que ambicionam porque temem a resistência que enfrentam.

Sugiro que assistam o programa Na Verdade, no you tube. Nele, Roberto e a esposa narram a sua conversão e as perseguições que dizem ter sofrido. É muito elucidativo do modo como os agressores fantasiam serem eles os agredidos para assim justificarem suas agressões como se reações fossem de autodefesa.

A política tem sido o lugar onde a classe média baixa tenta ascender na vida. As classes médias altas e médias, tem o poder de suas riquesas; a baixa intui que não há como enriquecer apenas com o salário. (E há? Não há.) Então avançam para dentro do estado para de dentro dele nos roubarem.

O fascismo seduz excluídos porque oferece ascensão social e o prestígio que ela traz. No relato de seu calvário ao Em Verdade, Roberto se descreve como um artista consagrado. Mas sabe, no fundo sabe, que 99% do povo brasileiro não faz ideia de quem ele é. Artistas não são importantes como se desejam. Não mais do q professores, enfermeiros ou limpadores de rua. É comum a associação entre artistas ególatras e projetos nefastos de poder. O diabo sabe que almas torturadas se vendem por pouco.

Assistam o filme “O Ovo da Serpente”, de Bergman. Esse sim, um artista maior. E ninguém, igualmente, sabe quem ele é. E pouco importa mesmo. Importa a criação e não o criador. Talvez deus pense assim também.

Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: pedrozambarda@gmail.com

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