Da Folha:
Pelo menos quatro filmes premiados pela Petrobras em cerimônias realizadas nas principais mostras de cinema do país no ano passado não receberam os valores prometidos —entre R$ 100 mil e R$ 200 mil— mesmo que os títulos tenham sido usados para divulgar a marca da empresa estatal.
Os prêmios eram destinados a impulsionar a distribuição das obras em território nacional. O calote foi dado, por exemplo, no longa “Meio Irmão”, que tem direção de Eliane Coster e foi premiado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em outubro passado. A produção receberia R$ 200 mil.
O mesmo aconteceu com o documentário “Torre das Donzelas”, que somou cinco prêmios na Mostra e no Festival do Rio, incluindo melhor filme escolhido pelo público. A ele seriam destinados R$ 100 mil. No Festival de Brasília, os documentários “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, e “O Outro Lado da Memória”, de André Luiz Oliveira, estão em igual situação.
Ao menos três dos filmes premiados colidem com questões ideológicas combatidas pelo governo Bolsonaro, lembrando que o presidente já pediu à direção do Banco do Brasil a censura de um anúncio que celebrava a diversidade de raças e de gêneros.
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