Acusado por corrupção é mantido pelo governo em cargo na Funasa
DA ÉPOCA
Investigado pela Polícia Federal (PF) e um dos alvos de uma operação deflagrada há duas semanas, o superintendente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Rio Grande do Norte, Pablo Tatim dos Santos, permanece no cargo, ao contrário de seu próprio padrinho, Ronaldo Nogueira, demitido da presidência da Funasa.
O valor do contrato, que previu serviços superfaturados, é de R$ 76 milhões. Os desvios são da ordem de R$ 50 milhões, segundo informações da PF. A demissão de Nogueira foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 12. Tatim, porém, segue no cargo de superintendente da Funasa no Rio Grande do Norte. O posto é de confiança, com salário bruto de R$ 10,3 mil.
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Em resposta aos questionamentos do GLOBO, o Ministério da Saúde e a Funasa informaram que a autarquia “aguarda a nomeação de seu novo presidente, a quem competirá a tomada de decisão quanto à permanência do atual superintendente desta fundação no Rio Grande do Norte”. “A Funasa não foi notificada e nem sequer conhece o inquérito policial em curso”, disse o órgão, por meio da assessoria de imprensa.