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Afastamento do trabalho por transtorno mental dispara na pandemia

Trabalho remoto. Foto: Depositphotos/Creative Commons

De Geralda Doca e Pollyanna Brêtas no Jornal Extra.

No ano marcado pela pandemia, a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez devido a transtornos mentais e comportamentais bateu recorde em 2020, somando 576,6 mil afastamentos, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho — uma alta de 26% em relação ao registrado em 2019. O aumento indica o efeito da crise do coronavírus sobre a saúde mental dos trabalhadores, na avaliação de especialistas.

No caso do auxílio-doença, os afastamentos por causa de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, registraram a maior alta entre as principais doenças indicadas como razão para o pedido do benefício. O número de concessões passou de 213,2 mil, em 2019, para 285,2 mil, em 2020, aumento de 33,7%.

A alta da concessão de auxílio-doença decorrente de transtornos mentais superou a campeã da lista, que são as lesões causadas por fatores externos, como acidentes. E ainda os problemas classificados como osteomusculares e do sistema conjuntivo, no caso dores na coluna, artroses, lesão por esforço repetitivo (LER) e gota, por exemplo, que estão na segunda colocação do ranking. Neste caso, o aumento foi de 28,8% entre 2019 e 2020.

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