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Assédio na Caixa: Bolsonaro se recusou a criticar Guimarães e não quis gravar vídeo solidário às vítimas

Bolsonaro e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Imagem: Reprodução.

Contrariando os conselhos do seu comitê de campanha, o presidente Jair Bolsonaro, não quis criticar Pedro Guimarães ao saber das denúncias de assédio sexual contra o agora ex-presidente da Caixa Econômica Federal. A ideia era que Bolsonaro gravasse um vídeo para ser exibido nas redes sociais assim que o caso foi revelado, na tarde de terça-feira (28/06).

O marketing da campanha se mobilizou em uma estratégia para tentar aplacar o desgaste que as revelações trazem para o presidente, que defendia que o presidente condenasse abertamente o comportamento do aliado. Um texto chegou a ser redigido para o presidente, mas ele se recusou a fazer qualquer manifestação. A demora do presidente em demitir Guimarães e se posicionar sobre as denúncias de assédio causou constrangimento até entre membros do primeiro escalão do governo. 

Integrantes do Palácio relataram que inicialmente o presidente resistiu a acreditar na história. A ala ideológica entrou  em campo para defender Guimarães e convencer Bolsonaro de que as denúncias eram uma teoria da conspiração da imprensa.

A maioria dos ministros do Palácio do Planalto, no entanto, discordou desse movimento e defendeu que a permanência do executivo era “insustentável”. Em entrevista, as funcionárias da Caixa relataram toques íntimos não autorizados, convites incompatíveis com a situação de trabalho e outras formas de assédio por parte de Guimarães.

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