Antônia Fontenelle virou ré por crime de preconceito. A Justiça da Paraíba aceitou a denúncia contra a bolsonarista por ter usado termo xenofóbico para criticar DJ Ivis, que foi flagrado agredindo a ex-esposa. Após a decisão, o processo deixa de ser um inquérito e se torna uma ação penal, com 10 dias para a ré prestar esclarecimentos.
Fontenelle foi indiciada pela Polícia Civil da Paraíba em setembro do ano passado. Ela ofendeu cidadãos paraibanos enquanto comentava o caso do músico. “Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que já podem tudo”, escreveu ela no Twitter.
O delegado Marcelo Antas Falcone, da Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos de João Pessoa, decidiu indiciá-la na Lei do Racismo, que prevê pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa. Após críticas nas redes sociais, ela tentou se explicar, mas acabou se complicando ainda mais.
“Esse bando de desocupado aí da máfia digital, que não tem nada o que fazer. Se juntaram para, agora, me acusar de xenofobia. De novo? ‘Num ‘cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. Porque eu falei ‘esses ‘paraíbas’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo’. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada‘, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”.
À Polícia Civil, a bolsonarista declarou que usou as expressões para se referir ao dj mas não pretendia atingir a população da Paraíba ou demonstrar superioridade.
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