Bolsonaro desautoriza Paulo Guedes e veta indicação para Ministério da Economia; entenda

(foto: Divulgação)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou uma indicação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para um cargo na pasta.
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Aliado do governador de SP, João Doria (PSDB), um dos principais rivais de Bolsonaro, o ex-deputado federal Alexandre Baldy (PP-GO) foi impedido de assumir o posto de chefe de relações institucionais do ministério. Hoje ele é secretário de Transportes no governo do tucano.
Guedes investiu em levar Baldy para a Economia por indicação do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, também do PP e aliado de Baldy. De acordo com o colunista Lauro Jardim, o fato de o ex-deputado ter integrado o governo Doria “melou os planos” dos dois ministros.
“Neste caso, Bolsonaro mostra incoerência: ter sido diretor-geral do DNIT no governo Dilma não foi impedimento para que Tarcísio de Freitas fosse nomeado por Bolsonaro ministro da Infraestrutura. Mas, afinal, quem deseja lógica nas decisões de Bolsonaro?”, diz Lauro Jardim.
Indicado por Guedes, Baldy foi preso pela PF em 2020
Em agosto de 2020, Alexandre Baldy foi preso pela Polícia Federal em sua casa no bairro dos Jardins, em São Paulo.
Ele foi um dos alvos da Operação Dardanários, que apurava desvios na Saúde envolvendo órgãos federais.
Baldy foi recomendado por Aécio como “renovação” em 2016, votou a favor do impeachment e, em 2018, fez campanha para Bolsonaro.
“Amigos e amigas do meu querido estado de Goiás, o Progressistas goiano decidiu apoiar para presidente da República o deputado federal Jair Bolsonaro. Por isso, peço a cada um e a cada uma de vocês que esteve junto conosco durante toda a campanha do primeiro turno que, no dia 28, aperte 17 e confirme”, escreveu Baldy, na época, em seu Instagram.
Com debandada de empresários, Bolsonaro cogita abandonar Guedes
Muitos empresários de direita estão abandonando Bolsonaro e migrando para a pré-campanha de Moro. Desta forma, Paulo Guedes perdeu seu único trunfo com o presidente. Todas as discussões que entrava no Planalto do Palácio, o ministro falava que tinha o grupo empresarial nas mãos. Agora não tem mais.
Conforme apurou o DCM, bolsonaristas procuraram executivos para falar sobre a campanha de 2022. Como todos sabem, os candidatos precisam de doações para disputar uma corrida eleitoral. Para surpresa dos apoiadores de Bolsonaro, os empresários não querem embarcar com o atual chefe do Planalto.
Mesmo com o governante no PL, os ricaços não acreditam mais no “bom comportamento” dele. Por isso resolveram pular para o lado de Sergio Moro, o Bolsonaro que toma banho.