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Carrefour rejeitou recomendação do Ministério Público do Trabalho após caso de racismo

Da Carta Capital

Carrefour. Foto: Wikimedia Commons

O Ministério Público do Trabalho (MPT) propôs ao Hipermercado Atacadão, na Zona Oeste do Rio, a contratação de uma consultoria do movimento negro para orientar seus trabalhadores. A recomendação ocorre após uma auxiliar de cozinha ser demitida depois de denunciar racismo e intolerância religiosa cometida por outro funcionário. O órgão solicitou ainda a readmissão da vítima de racismo. Os dois pedidos foram negados pelo estabelecimento que pertence ao Grupo Carrefour.

Em entrevista ao UOL, a procuradora do Trabalho Fernanda Diniz diz que a empresa foi omissa e permitiu que o empregado adotasse tal postura racista e de intolerância religiosa.

“Esse funcionário dizia que não gostava de preto, está envolvido em caso de agressão física a uma outra funcionária e nunca foi punido. Neste caso de agressão, a empresa chegou a alegar acidente. Então, eu entendi é que a atitude omissa da empresa permitiu que ele fizesse tudo isso”, afirma.

Em razão da negação na recontratação da funcionária, a procuradora pediu indenizações coletivas de 50 milhões de reais. O valor não beneficiaria a profissional que foi vítima. Para danos morais individuais, a ex-funcionária deve ajuizar uma ação na Justiça. (…)