Centro que monitora chuvas teve pior orçamento da história em 2021

Foto: BRUNO KAIUCA/ZIMEL PRESS
Nesta semana, mais de 120 pessoas morreram em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, por conta de chuvas que causaram alagamentos e desmoronamentos. A culpa é a negligência e a falta de investimentos para evitar que isso aconteça. Reportagem da BBC mostra que o centro que monitora chuvas teve pior orçamento da história em 2021.
O levantamento mostra que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) teve em 2021 o menor orçamento desde sua criação, em 2011. Esta é a segunda tragédia que acontece em Petrópolis. Em 2011, mais de 70 pessoas perderam a vida em um desastre muito parecido.
Em 2017, as nove ETRs que a instituição havia espalhado para municípios piloto no país, incluindo Petrópolis, precisaram ser retiradas para manutenção e nunca mais voltaram, segundo conta o diretor do Cemaden, o físico Osvaldo Moraes.
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Centro sem recursos
Para 2022, Moraes diz que há a previsão de uma recomposição deste orçamento, com valor anual total de R$ 23 milhões.
“Essas estações requerem a calibração em laboratório, mas não tínhamos orçamento para isso. Preferimos retirá-las do campo do que deixá-las lá, depreciando-se. Não tínhamos recurso para fazer esta manutenção, e continuamos sem recurso”, relata Moraes.
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