China diz que EUA estão exagerando e criando tensão entre Rússia e Ucrânia
A China está acusando os Estados Unidos de “investir em uma ameaça de guerra e criar tensão”, após o presidente americano, Joe Biden, alertar que mais de 150 mil soldados russos ainda estavam concentrados perto das fronteiras da Ucrânia. A declaração foi feita pouco depois do anúncio de Moscou sobre uma retirada parcial das tropas.
LEIA MAIS
1. Em declaração conjunta, Rússia e China rebatem EUA e anunciam chegada do mundo multipolar
2. Jogos Olímpicos de Inverno: duas profundas mensagens de Pequim
3. Biden defende para Ucrânia os mesmos princípios que os EUA negam a Cuba há 61 anos
Os países ocidentais sugeriram o controle de armas e medidas de fortalecimento da confiança para desarmar o impasse, o que os levou a instar seus cidadãos a deixar a Ucrânia porque um ataque pode ocorrer a qualquer momento. A Rússia nega ter planos de invasão.
“Tal propaganda e desinformação persistentes por parte de alguns países ocidentais criarão turbulência e incerteza para um mundo cheio de desafios e intensificarão a angústia e a divisão”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin. Ele falou com repórteres em uma entrevista coletiva em Pequim, nesta quarta-feira (16).
“Esperamos que as partes relevantes parem com essas campanhas de desinformação e façam mais para beneficiar a paz, a confiança mútua e a cooperação”, completou.
A China tem sido criticada por sua posição sobre a Ucrânia por alguns líderes ocidentais, incluindo o primeiro-ministro australiano Scott Morrison.
“A liderança dos dois chefes de Estado, China e Rússia, sempre trabalha para desenvolver uma boa vizinhança a longo prazo e um relacionamento cooperativo mutuamente benéfico com base na não aliança, não confronto e não visar terceiros países”, acrescentou o porta-voz Wang.
Com informações da Reuters
Estados Unidos ameaçam China caso ajude Rússia a superar sanções
Os Estados Unidos, com sua política imperialista, ameaçaram, por meio de uma coletiva de imprensa do porta-voz Ned Price, na quinta-feira (03), utilizar “diversas ferramentas” contra a China caso o país ajude a Rússia a superar as novas sanções que podem ser impostas.
Price afirmou que as “ferramentas” podem ser usadas caso “algumas empresas estrangeiras, incluindo chinesas, façam tudo para descumprir as medidas de controle de exportações dos EUA”.
“Se a Rússia pensa que está em condições de mitigar algumas dessas consequências mediante uma relação mais estreita com (a China), tal não é um fato. Efetivamente, isso fará com que a economia russa, em muitos sentidos, seja mais frágil”, advertiu o porta-voz. Ele fez referência à sanções que podem ser impostas contra Moscou por uma suposta invasão russa na Ucrânia.
Depois da Maria do BBB 22, quem deveria ser o próximo expulso?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 15, 2022