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Com Magno Malta fora do governo, Bancada Evangélica abre guerra contra Bolsonaro

A Coluna do Estadão de Andreza Matais informa que a indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica, que ameaça se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada. Formado por 180 deputados, o grupo foi consultado por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta, mas acabou surpreendido com a escolha. “Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, questiona o pastor Silas Malafaia, que diz manter o apoio “intransigente” a Bolsonaro, porém com liberdade para críticas. Este já é o segundo nocaute no colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.

De acordo com a publicação, a lista de “abandonados” inclui, além de Magno Malta, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino. Os amigos brincam que eles entrarão na segunda fase. O pecuarista Nabhan Garcia não chegou a ficar de fora do time, mas sobrou com um cargo de segundo escalão. Ninguém quer a missão de contar para ele que não terá status de ministro.

Magno Malta jogou a toalha na noite de segunda-feira, quando deixou Brasília dizendo-se “magoado e machucado” para se isolar num sítio. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?” Até agora nem isso. Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome. Com a nomeação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania, Bolsonaro ressuscita Darcísio Perondi (MDB-RS), aliado de Michel Temer e principal defensor da reforma da Previdência. Ele ficou na suplência, completa o Estadão.

Jair Bolsonaro e Magno Malta. Foto: Reprodução/Os Divergentes