Deputado do PT pede confisco de vacinas de empresários e diz que eles criaram um “camarote clandestino”
Do UOL:
O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) disse ao UOL na noite desta quarta-feira (24) que quem está por trás do esquema paralelo de vacinação, revelado pela revista “Piauí”, cometeu “uma sucessão de crimes”.
A revista divulgou que um grupo de empresários ligados ao setor de transportes em Minas Gerais comprou e aplicou em cerca de 50 familiares doses do imunizante da Pfizer sem repassá-las ao SUS, como a lei determina. “Mais do que um escárnio com milhões de brasileiros que estão na fila, sonhando em chegar o seu dia para tomar a vacina, o que esses empresários fizeram é uma sucessão de crimes”, disse Padilha.
“Acredito que podemos estar diante de um fio da meada que pode revelar um tráfico de vacinas para o Brasil, para abastecer um camarote clandestino da vacina, que está sendo criado infelizmente por alguns empresários e políticos”, acusou o deputado.
O ex-ministro do governo Dilma disse duvidar que “uma empresa como a Pfizer” tenha vendido as doses a “qualquer empresário que não tenha estabelecido as condições em que as vacinas seriam acondicionadas, a forma que seriam aplicadas”.
Por isso, segundo ele, será necessário investigar quem e como comprou. “Essa vacina não é produzida no Brasil, então alguém a importou. Para isso é necessário ter um pedido de importação junto à Anvisa”, apontou.
(…) Mais cedo, Padilha escreveu no Twitter que pediu ao Ministério Público o confisco das doses do grupo. “São criminosos. Cometeram crime contra a vida, contra as regras sanitárias de uso de vacinas, contra a lei que obriga doar 100% para o SUS”, escreveu.
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