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Desmate incentivado por Bolsonaro leva povo às ruas e assusta o governo

Protestos contra as queimadas na Amazônia no governo Bolsonaro. Foto: DCM

Reportagem de Júlia Zaremba na Folha de S.Paulo informa que manifestantes encheram as ruas de cidades do país nesta sexta-feira (23) contra o desmatamento da Amazônia e a política ambiental do governo Jair Bolsonaro (PSL). Em São Paulo, no fim da tarde, estudantes, ativistas ambientais e membros de organizações fecharam uma pista da avenida Paulista, entre a alameda Campinas e a rua da Consolação (no sentido Paraíso), entoando gritos de “Fora, Salles” [Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente] e “Bolsonaro sai, a Amazônia fica”. O grupo carregava bandeiras do Brasil e cartazes pedindo a preservação da Amazônia e do planeta. Alguns usavam máscaras na boca, em referência às queimadas.

De acordo com a publicação, o ato começou por volta das 18h em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). Foi organizado por integrantes do grupo #AmazôniaNaRua —o evento no Facebook tinha mais de 12 mil confirmados. Policiais militares no local estimaram um público de cerca de 5 mil pessoas no começo do protesto. Além de ativistas ambientais, membros de partidos como PSTU e de centrais sindicais também compunham o público.  A estudante Victória Escalcon, 16, voluntária da ONG Engajamundo, foi uma das participantes. Ela critica a falta de ação do governo diante das queimadas. “As pessoas só começaram a se importar quando a fumaça preta chegou a São Paulo”, diz. “Queremos mostrar que estamos aqui lutando pela Amazônia e preocupados com o futuro.”

Em Brasília, o ato reuniu cerca de 500 pessoas na Esplanada dos Ministérios. No Rio, no fim da tarde, centenas de manifestantes se reuniram na Cinelândia e caminharam até o prédio do BNDES, no centro da cidade. O grupo entoou um longo grito de “fora Salles”, contra o ministro do Meio Ambiente, e contra Bolsonaro. Também houve protestos fora do país. Atos foram registrados em Londres (Reino Unido), Paris (França), Madri (Espanha), Dublin (Irlanda), Barcelona (Espanha), Lisboa (Portugal), Berlim (Alemanha), Genebra (Suíça), Nápoles (Itália), Amsterdã (Holanda), completa a Folha.

Protestos contra as queimadas na Amazônia no governo Bolsonaro. Foto: DCM