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Doria passa o trator no PSDB paulista

Geraldo carregou nas costas o escorpião até o outro lado da margem Imagem: Divulgação
João Doria é conhecido internamente no PSDB como alguém que faz política com o fígado.
A última demonstração disso está incomodando até o presidente estadual da sigla, Pedro Tobias.
O ex-deputado estadual se manifestou contra, segundo a coluna Painel, de Daniela Lima, na Folha, os aliados do governador João Doria agirem para afastar das estruturas de comando do PSDB quem não apoiou o tucano na campanha.
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A intervenção ocorreu em todas as cidades em que a cúpula partidária local é ligada a quem atuou contra Doria na disputa pelo governo de São Paulo.

Santos é a principal cidade entre as que foram alvo da proibição do diretório estadual do PSDB. O objetivo do grupo de Doria é barrar a permanência de aliados do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, aliado de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), na cúpula da legenda.  Barbosa trabalhou abertamente pela candidatura Márcio França (PSB-SP), que foi ao segundo turno contra Doria.

Aliados do governador tucano querem emplacar uma comissão provisória ligada a João Paulo Papa, que será candidato à prefeitura no ano que vem. Barbosa foi expulso do partido e recorreu. O PSDB analisa o caso nesta quarta (20).

O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, não participou da reunião e publicou uma mensagem no grupo de WhatsApp do diretório de São Paulo na qual diz que a convocação da reunião para suspender as convenções configura “uma censura prévia e seletiva e atenta contra a democracia partidária”.

“Diretórios devem ser conquistados no voto e, caso haja qualquer irregularidade no processo ou não haja a representatividade necessária, o Diretório Estadual tomará as medidas adequadas à posteriori”, escreveu Tobias.