“Ele sempre foi um pária, então era de se esperar”, diz amigo sobre agressor de Kirchner

Um amigo de Fernando Andrés Sabag Montiel, que tentou balear a vice-presidente da Argentina na noite desta quinta-feira (1), Cristina Kirchner, disse em entrevista à emissora argentina Telefe que ele “sempre sofreu bullying” na escola por conta do seu peso, e que o ataque “era esperado porque ele não tinha mais nada a perder”.
“Há muitas coisas que acabam fazendo sentido agora. Ele sempre foi um pária, então era de se esperar. Não sei se nesse nível, mas era de se esperar. Quando mais repressão, mais reação. Ele não tinha mais nada a perder“, afirmou o homem, identificado apenas como Mário. “Ele se perdeu muito jovem. Quando sua mãe faleceu ele não tinha nada a perder”, continuou ele, conforme relato à Telefé, emissora argentina.
Segundo Mário, os dois se conheceram por volta de 2004, e que a última vez que o viu foi há dez meses antes do ocorrido, quando Fernando foi a cidade para comprar uma arma, mas declara que não sabe se foi a mesma usada contra o atentado. O rapaz também não gozava de credibilidade em seu círculo de amizades: “Ele sempre teve armas e ia atirar em um campo. Mas como o tínhamos como mitomaníaco, não acreditamos”
Questionado pela profissão de Sabag Montiel, Mário disse que ele tinha três carros que alugava para outros motoristas de aplicativo.
Fernando Andrés Sabag Montiel é brasileiro, tem 35 anos e ficha criminal. Em março de 2021, foi processado por contravenção, porte de arma não convencional, em La Paternal, onde morava. Ele tem residência permanente no país e está na Argentina desde 1993.
Na ocasião, o brasileiro foi preso com uma faca de 30cm e declarou que era para sua defesa pessoal.