Empresário que encerrou contrato R$ 1 mi por ser chamado de negão desafa: “Moro num país racista”

O diretor da Proz Educação, Juliano Pereira dos Santos, nem o ambiente formal de trabalho o protege de receber uma fala ofensiva. Como ele conta, o fornecedor Matheus Mason Adorno, representante da Optat Consulting, teria dito ”Aí não, Negão. Quer me f*” para ele durante uma videochamada, em outubro do ano passado.
Após a fala do fornecedor, Juliano encerrou um contrato de R$ 1 milhão entre as empresas. A reunião se tratava de falhas que apareciam em um projeto, o que precisou discutir com a Optat Consulting, e na sua visão, acreditava que eles deveriam arcar com a responsabilidade e também com os custos.
”A cidadão [Matheus] foi extremamente agressivo e grosseiro na hora de falar. ”Aí não, negão. Você quer me f*”, numa tentativa de descredenciar – relatar Santos, que ainda na chamada de vídeo, foi ofendido mais vezes, chamada, inclusive, de ”mentiroso.”, contou o diretor.
Ele revelou que a reunião não foi a primeira vez que deparou com episódios como esse em sua vida, mas que seu cargo atual o permite bater de frente com quem faz declarações racistas.
”A gente passa por isso desde pequeno. Sua mãe fala para andar sempre com documento na rua, guardar a nota fiscal d mercado para não acharem que você roubou um produto, responder ao que o polícia perguntar… A gente mora num país racista”, afirmou Juliano.
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