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‘Está em pânico’, diz advogado sobre esposa de músico, após habeas corpus concedido pelo STM a militares

Movimentação após tiroteio 

Do Globo:

Decepção e preocupação. Assim definiu o sentimento André Parecmanis, advogado de parentes e das vítimas no caso do carro fuzilado em Guadalupe, em abril deste ano, quando o músico Evaldo Rosa e o catador de latas Luciano Macedo morreram. Após o fim do julgamento do Superior Tribunal Militar (STM), nesta quinta-feira, que decidiu que nove militares acusados de atirar mais de 200 vezes em direção ao carro da família naquela tarde de domingo, responderão em liberdade por tentativa de homicídio, duplo homicídio qualificado e omissão de socorre, conforme denúncia feita pelo Ministério Público Militar (MPM), e aceita pela Justiça Militar.

— Vemos com muita decepção e preocupação esta decisão. A liberdade dos militares coloca em risco sério a própria colheita das provas agora. As vítimas são pessoas humildes, e o STM teve uma oportunidade de protegê-los. Na verdade, os deixa ainda mais desprotegidos. Temos uma preocupação muito grande com essas pessoas – comentou Parecmanis.

Em contato com a reportagem, Luciana Nogueira, viúva de Evaldo Rosa, em poucas palavras se mostrou triste e não conseguiu se pronunciar. O advogado afirma que ela está muito abalada.

— É difícil dizer. Ela está extremamente abalada. Ela tinha esperança que eles (STM) garantissem uma proteção a ela e para a Dayana (esposa do catador Luciano Macedo), mas, infelizmente, agora ela está em pânico. Se ela passou mal durante a audiência enquanto eles estavam presos, imagina agora? — lamentou.

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