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Estados e governo federal não concordam com necessidade de medição de temperatura em aeroportos

Da BBC:

Se em Roma o brasileiro passou por exaustivos procedimentos no aeroporto por conta da pandemia de coronavírus, com pelo menos dois formulários preenchidos e medição de temperatura, no desembarque em São Paulo no domingo (22/03) ele estranhou simplesmente… chegar. Na data da chegada dele, o país já tinha 1.546 casos confirmados e 25 mortes causadas pelo novo coronavírus.

“A única checagem pela qual passei foi a de passaporte, normal. Ninguém respeitava a distância (maior que um metro entre as pessoas, para evitar transmissão), mas também não tinha ninguém orientando. Todo o comércio estava aberto. Também não tive temperatura checada”, conta Alberto, morador da capital paulista, à BBC News Brasil por telefone.

O estranhamento dele diz respeito a um ponto que tem causado divergências, e até disputa judicial, entre Estados e o governo federal no Brasil: passageiros que chegam de lugares com infecção devem passar por uma triagem, como a medição de temperatura?

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), defende que não, argumentando que este procedimento “não tem fundamento científico e não está entre as medidas previstas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e internalizadas no Brasil” — conforme escreveu a agência à BBC News Brasil.

Por outro lado, alguns Estados, como o Distrito Federal e Rio de Janeiro, estão tirando a temperatura de passageiros após o desembarque em aeroportos internacionais como medida preventiva.

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