Ex-defensora pública é indiciada por injúria racial
Nesta sexta (20), a Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava uma ex-defensora pública em Niterói (RJ). Segundo depoimentos das vítimas e da análise das câmeras de segurança, o delegado Carlos César Santos concluiu que houve injúria racial por parte da servidora aposentada. O crime prevê pena de um a três anos de reclusão e multa. A investigação findou sem o depoimento da mulher, que não foi à delegacia mesmo tendo sido convocada por três vezes.
Segundo o boletim de ocorrência do caso, Eduardo Peçanha e seu colega, Jonathas Mendonça, faziam entrega em um condomínio de luxo e estacionaram o caminhão em frente à garagem da defensora aposentada. De acordo com o relato das vítimas, ela pediu que o veículo fosse retirado do local, mas não foi prontamente atendida.
Joab Gama de Souza, advogado responsável pela defesa dos entregadores, diz que a espera durou apenas alguns minutos e explica que o motorista fazia entrega em uma residência vizinha e o profissional que estava no veículo não tinha carteira de habilitação.
Após o início da discussão, a ex-servidora discutiu com o entregador e o chamou de “macaco”. O advogado ainda conta que ela lançou objetos contra as vítimas. Veja um vídeo do caso:
DEFENSORA PÚBLICA APOSENTADA CHAMOU ENTREGADOR DE "MACACO" | O caso aconteceu no último sábado, em Niterói. Claudia Alvarim Barrozo se irritou com uma van estacionada em frente à casa dela e começou a agredir verbalmente Eduardo Peçanha. A vítima registrou boletim de ocorrência. pic.twitter.com/hbXMIPDDkY
— SBT Rio (@sbtrio) May 4, 2022
A defensora pública aposentada tem ao menos seis registros policiais. Em 2001, a causa foi lesão corporal e constrangimento. Em 2013, foram dois por injúria e um por lesão corporal. No ano seguinte, dois por injúria, e, em 2017, houve mais um por injúria.