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Filiação de Bolsonaro pode levar ao menos 5 ministros para o PL

Veja o Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro sorri durante um ato celebrado em 9 de dezembro de 2020 em Brasilia. Sergio Lima AFP

Jair Bolsonaro, ainda sem partido, ingressará oficialmente hoje no Centrão e, na oitava troca de partido desde que iniciou a carreira política, vai se filiar ao PL de Valdemar Costa Neto – condenado e preso no mensalão – para concorrer a novo mandato no ano que vem. Essa entrada de Bolsonaro ao PL faz parte de uma estratégia maior: até março do ano que vem, ao menos cinco ministros também devem estar na legenda, diz reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

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Governo de Bolsonaro no PL

Isso ocorre depois anos após a saída do presidente da República do PSL.

No Planalto, o plano deles é reforçar os palanques nos Estados, lançando ministros como candidatos a governos estaduais e a cadeiras no Senado, Casa na qual a base aliada está cada vez mais enfraquecida. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, abre a lista e também vai se filiar hoje ao PL, ao lado do presidente e do senador Flávio Bolsonaro (RJ), que deixa o Patriota.

Pivô do chamado Orçamento Secreto, Marinho já foi filiado ao PSDB e está cotado para concorrer ao governo do Rio Grande do Norte ou ao Senado. Além dele, outros quatro ministros de Bolsonaro migrarão para o PL, mas em outra etapa. Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) deve disputar a sucessão do governador João Doria, em São Paulo, e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) vai concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

Ministros Marcelo Queiroga (Saúde), que estuda concorrer ao governo da Paraíba, e Gilson Machado (Turismo), que planeja se candidatar ao Senado ou a cadeira do governador Paulo Câmara, em Pernambuco, também negociam a entrada no PL.

Conhecido por apoiar o governo, seja de direita ou de esquerda, o PL tem no Palácio do Planalto a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.

Ex-deputado que comanda o partido, Costa Neto é muito cortejado para a formação de alianças, a despeito de ter ficado quase um ano preso após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no mensalão. Nos dois governos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje o principal adversário de Bolsonaro na eleição de 2022, o PL era a legenda do vice, José Alencar – morto em 2011.

Aumento da presença do PL no governo já provoca reclamações de outras siglas do Centrão. Ligado a Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos, por exemplo, abriu diálogo com o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, presidenciável do Podemos.

Os sinais de insatisfação foram recebidos pelo Palácio do Planalto.

Terceiro maior partido da Câmara, com 43 deputados, o PL teve um fundo eleitoral de R$ 117,6 milhões em 2020 para financiar campanhas e um fundo partidário de R$ 45,7 milhões, no mesmo ano.

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