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Ladrão: Em livro, Cunha admite que golpe contra Dilma se consolidou na base de ‘cartas marcadas’

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O condenado Eduardo Cunha irá lançar o livro Tchau, Querida — O Diário do Impeachment pela editora Matrix no dia 17 de abril.

A revista Veja publicou trechos do relato do ex-presidente da Câmara que conduziu o impeachment fraudulento contra Dilma Rousseff em um golpe parlamentar – que colocou Michel Temer no poder.

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Determinado a vencer a guerra contra Dilma, o ex-deputado confessa ter usado toda sorte de golpes de seu arsenal. Admite, por exemplo, que indicou um advogado de sua extrema confiança para dar uma consultoria de cartas marcadas ao relator do impeachment, o deputado Jovair Arantes. Com isso, garantia que o parecer teria consistência técnica e seria favorável ao afastamento. No campo das precauções, revela que, mais de um mês antes de oficializar a abertura do impeachment, deixou preparada a bomba que explodiria no gabinete presidencial. Ao perceber que o PT e o governo se mexiam para tentar cas­sá-lo, armou uma operação secreta. Chamou o secretário-geral da Câmara, Silvio Avelino, assinou a aceitação do pedido de abertura do processo e mandou guardá-la num cofre. “Qualquer coisa que me acontecer, qualquer coisa mesmo, morte, mesmo que seja natural, que me impeça de estar aqui no outro dia, você tem o compromisso comigo de datar o documento e publicar imediatamente”, disse ao servidor. Só mais de um mês depois, em 2 de dezembro de 2015, ele anunciou que estava abrindo a porteira pela qual Dilma sairia. Cunha também repassa o fatídico dia 17 de abril de 2016: “Coloquei uma música gospel, de autoria do pastor Kleber Lucas, Deus cuida de mim, fiz minhas orações e entreguei às mãos de Deus”.

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