Lula: ‘PT não pode tratar evangélicos como gado’
O ex-presidente Lula afirmou, em evento com a base religiosa do PT, que o partido precisa se dedicar mais aos evangélicos.
Para ele, o PT “não pode acreditar na história de que os evangélicos e as evangélicas são como se fossem um gado”.
Foi esse pensamento que fez com que o partido perdesse espaço entre a grande maioria dos fiéis. Eles passaram a apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Lula afirma que a legenda não pode esquecer que grande parte dos evangélicos pobres e periféricos foi beneficiada por políticas públicas iniciadas pelos governos petistas.
A declaração foi dada em um encontro virtual de mais de duas horas com representantes de comunidades evangélicas. O petista sugeriu ainda “um momento evangélico” na TV e na rádio do partido.
O petista lembrou a boa relação que seu governo teve com todas as igrejas. Sem distinção de religião, credo ou etnia.
“Quando fui presidente, não queria governar para um pastor, eu queria governar para o povo. Tive uma extraordinária relação com todas as igrejas e governei para todo mundo”, disse.
Ele acrescentou que em seu governo “nós provamos que o Brasil tem jeito. A religião pode ser feita com muita verdade e ninguém precisa utilizar da boa-fé dos outros, porque a fé é uma coisa sagrada”.
No encontro virtual, estavam ao lado de Lula a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e da ex-governadora do Rio de Janeiro Benedita da Silva, evangélica.
Como foi o encontro de Lula com evangélicos
No encontro virtual, estava ao lado de Lula a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. A ex-governadora do Rio de Janeiro Benedita da Silva, evangélica, também participou.
Lula lembrou que nos 580 dias que esteve preso injustamente ele leu muitos livros e assistiu a muitos cultos na TV.
Ele contou que, quando saiu da prisão, foi visitar o Papa Francisco e o Conselho Mundial das Igrejas, porque nutria a ideia de criar uma luta mundial contra a desigualdade.
“Não podemos nos conformar. Não é possível que nosso país seja o terceiro maior produtor de alimento do mundo e muita gente vai neste país vai dormir sem comer. É possível construir outro mundo”, afirmou.