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‘Não tenho ideologia, sou apenas um funcionário de TI’, afirma suposto hacker da Lava Jato

O procurador José Robalinho

Da Época:

O procurador regional José Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República e candidato à lista tríplice para ser o novo procurador-geral da República, trocou mensagens ontem à noite com uma pessoa que disse ser o hacker que, nas últimas semanas, vem atacando os procuradores da Lava Jato . Na conversa, o hacker afirmou ser “um funcionário de TI (tecnologia da informação)”, e alegou não ter “ideologias” ou ter ligação com partidos.

Nesta terça-feira à noite, Robalinho recebeu uma mensagem no Telegram como se fosse do procurador militar Marcelo Weitzel, que foi procurador-geral da Justiça Militar e atualmente é conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público. Inicialmente, o hacker — que, mais tarde, Robalinho descobriria não ser Weitzel — se passou pelo procurador militar na conversa.

O hacker enviou para Robalinho um áudio trocado entre procuradores da Lava Jato, dizendo que aquele conteúdo em breve sairia na imprensa e mostrando espanto com o teor. Robalinho não percebeu que se tratava de um hacker, ouviu o áudio e respondeu a mensagem analisando tecnicamente o teor do conteúdo enviado. Explicou Robalinho:

“Eu não tenho ideologias, não tenho partidos, não tenho lado, sou apenas um funcionário de TI (tecnologia da informação)”, escreveu o hacker. Em seguida, disse: “Tive acesso a tudo”, sem revelar o que seria o “tudo”.

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