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O desabafo das repórteres agredidas na última rodada do Campeonato Brasileiro

Momento em que Aline Gomes é agredida. Foto: reprodução

O último domingo (7), marcado por protestos contra a violência à mulher, foi também de assédio e agressão contra jornalistas esportivas. Nani Chemello, da Rádio Inferno, foi constrangida pelo lateral Bernabei no Beira-Rio, após a permanência do Inter na Série A. “Ele tira meu fone e grita no meu ouvido, vira para trás e fala: ‘fala agora'”, relatou Nani ao Uol.

Em Santos, a repórter Aline Gomes, da CazéTV, sofreu uma agressão física nos arredores da Vila Belmiro. Um torcedor puxou seu microfone com violência, ferindo sua orelha e a mão do cinegrafista. “Não sei se se sentem ameaçados por nós, que estamos conquistando um espaço majoritariamente masculino”, refletiu Aline. O agressor, que usava uniforme de uma organizada, não foi identificado.

Ambas receberam apoio de seus clubes e colegas. Dirigentes do Inter pediram desculpas a Nani em nome do clube, e o Santos entrou em contato com Aline para tentar identificar o agressor. Os casos destacam os desafios que mulheres ainda enfrentam no ambiente do futebol.