Pastor que recebeu quase R$ 4 mi de Bolsonaro diz que apoia presidente e que rachadinha “faz parte”
O pastor Robson Rodovalho, bispo fundador da igreja Sara Nossa Terra e um dos líderes evangélicos que mais se engajaram na campanha pela ida de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), acredita que, depois do Executivo e do Legislativo, é hora de ampliar ainda mais os espaços do segmento no Judiciário.
LEIA MAIS:
1 – “Qual o mérito literário?”, pergunta colunista da Folha sobre Merval na presidência da ABL
2 – Militares gastaram milhões no maior treinamento do ano; Saiba quanto
3 – Instituto ligado a Damares comemora Mendonça no STF por ‘religião, Direito e neoliberalismo’
Pastor que recebeu milhões de Bolsonaro
Acredite se quiser, em quase três anos de governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), a igreja evangélica Sara Nossa Terra recebeu cerca de 3,7 milhões de reais para a divulgação de publicidade do governo federal.
Rodovalho deu entrevista ao jornal O Globo.
“Não incomodam as agendas conflitantes com os evangélicos como a defesa das armas e da liberação do jogo?
No campo das armas, muitos evangélicos são a favor da posse. Há uma sensação generalizada da impotência do Estado no campo da segurança pública. No jogo, é verdade, a maioria é contra, eu inclusive. Mas há pessoas a favor por entender que é possível desenvolver regiões estagnadas. Todas as nações colonizadas e que viram o protestantismo se expandir como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália são lenientes com a questão do jogo.
Não incomodam sequer as denúncias de rachadinha contra os filhos do presidente?
Rachadinha faz parte do ambiente da política e a oposição maximiza esse tema. Para isso tem a Justiça, cabe a ela condenar ou absolver. Não podemos fazer julgamentos prematuros.
Como vê as sinalizações de presidenciáveis para os evangélicos como os gestos do ex-presidente Lula?
É natural, mas não basta conversar, é preciso se comprometer com certos valores. O PT já fez isso lá atrás. Fizemos alguns acordos com Lula e Dilma em temas como ideologia de gênero nas escolas e pautas LGBT. Eu, (pastor Silas) Malafaia e (bispo Edir) Macedo apoiamos o PT no passado. Acreditamos nos acordos estabelecidos porque, em vários momentos, candidatos do PSDB não aceitaram o que queríamos. Com o tempo, o PT acabou não cumprindo os acordos e implantou uma agenda contrária ao que acreditamos, atropelando os valores familiares”.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.