Polícia investiga morte de 20 jovens em boate na África do Sul

Autoridades da África do Sul investigam as mortes em balada neste domingo (26).

Neste domingo (26) pelo menos 22 jovens morreram na cidade costeira de East London, na África do Sul, segundo autoridades de saúde provinciais e a presidência. Os corpos foram encontrados dentro da Taverna Enyobeni, e a idade das vítimas varia entre 18 e 20 anos.

Segundo a emissora estatal SABC, as mortes resultaram de uma possível fuga por pessoas em pânico, mas a causa precisa da morte permanece desconhecida. Siyanda Manana, porta-voz do departamento de saúde da província de Eastern Cape, afirmou que os corpos serão transportados para necrotérios estaduais, a fim de que os parentes ajudem as autoridades a identificar as vítimas masculinas e femininas.

“Estamos falando de 22 corpos […] Vamos embarcar imediatamente em autópsias para que possamos saber a provável causa da morte”, afirmou Manana à agência de notícias Reuters enquanto a equipe forense continuava seu trabalho no local do crime isolado.

O presidente Cyril Ramaphosa demonstrou solidariedade às famílias afetadas, e disse estar preocupado com “as circunstâncias em que os jovens, potencialmente menores de 18 anos, foram autorizados a se reunir na taverna”, uma vez que a lei no país não permite que adolescentes frequentem ambientes como o do caso. Em comunicado, Ramaphosa afirmou que “a lei deve seguir seu curso assim que as investigações terminarem”.

“Todo mundo quer o local seja fechado porque eles vendem álcool para menores. Todo mundo está com raiva, todo mundo está triste por causa do que aconteceu”, declarou uma garota de 17 anos, que só se identificou como “Lolly” e morava perto da taverna. Ela disse à Reuters que após a tragédia a comunidade queria que a Taverna fosse fechada, uma vez que era um ponto de encontro popular entre adolescentes.

Durante uma visita improvisada transmitida ao vivo pela televisão, o ministro da polícia nacional Bheki Cele afirmou que a responsabilidade está tanto com os pais para que cuidem de seus filhos, quanto com a comunidade para “dizer que que não podemos permitir que nossos filhos morram”.

Em comunicado, o prefeito de East London, Xola Pakati, declarou: “O que aconteceu pode ser equiparado a um massacre”.

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