Por que os sapatos “feios” em formato de batata se tornaram tendência

O sapato em formato de “batata”, com seus contornos arredondados e volumosos, se tornou uma das maiores tendências da moda nos últimos anos. Marcas como Birkenstock, Crocs e Loewe popularizaram esse estilo, caracterizado pelo conforto e pela praticidade. O design desses calçados, muitas vezes comparado com batatas robustas, se destaca pela sua aparência exagerada e o espaço extra que oferece aos pés, sendo a antítese dos modelos mais finos e pontudos.
A origem desse tipo de sapato remonta aos anos 70, quando o Earth Shoe, com sua palmilha única e confortável, popularizou a ideia de calçados mais largos e anatômicos. Com o tempo, o estilo evoluiu, sendo influenciado por movimentos culturais como o skate e, mais recentemente, pela busca por conforto durante a pandemia. Esse retorno ao design “batata” refletiu uma mudança no comportamento do consumidor, que passou a priorizar o bem-estar em detrimento das normas estéticas anteriores.
A popularização desse estilo de sapato foi impulsionada por um retorno ao conforto, com modelos como o clog Boston da Birkenstock se tornando peças essenciais no guarda-roupa de muitas pessoas. Durante a pandemia, os sapatos-batata se tornaram um símbolo de conforto e conveniência, com a marca alcançando picos de vendas e se tornando um dos maiores sucessos do momento. Hoje, essas peças continuam sendo usadas tanto no cotidiano quanto em desfiles de alta-costura, confirmando seu status de ícones da moda.
Mesmo com a ascensão de sapatos mais finos e delicados, a tendência do “sapato-batata” continua forte. Com novas versões e colaborações de grandes designers, como Thibo Denis para a Birkenstock, os modelos robustos e volumosos seguem sendo uma escolha popular. Os sapatos que antes eram considerados “feios” ou “esquisitos” hoje representam um estilo de vida que valoriza o conforto e a funcionalidade sem abrir mão da moda.
