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Privatização da Caixa é rejeitada por quase 60% da população, mostra pesquisa

Caixa

Novo levantamento, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte, mostra que 59,8% dos entrevistados rejeitam venda do banco público. Caixa Econômica Federal lidera relação de empresas que sociedade menos quer que seja vendida. Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa reforça papel essencial que bancos públicos desempenham para desenvolvimento econômico e social do país. Com apoio da Fenae, Central Única dos Trabalhadores (CUT) lança a campanha “Não deixem vender o Brasil” em alerta a danos que privatizações vão causar à população

Brasília, 25/02/2021 — Quase 60% dos brasileiros ouvidos em uma nova pesquisa de opinião pública são contrários à privatização da Caixa Econômica Federal e de outras estatais: chega a 59,8% o índice de cidadãos que rejeitam a venda do banco para a iniciativa privada. A Caixa também lidera a relação de empresas públicas que a sociedade menos quer ver privatizada, conforme apontam 30,1% dos entrevistados.

Estes são os principais resultados do levantamento feito pelo Instituto MDA, contratado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com os dados, divulgados esta semana, apenas 28,6% das pessoas disseram ser a favor da privatização de estatais; 11,6% não souberam opinar ou não responderam. A pesquisa CNT/MDA foi realizada com 2.002 entrevistados, em 137 cidades de 25 estados, entre os dias 18 e 20 deste mês.

“Levantamentos como este são importantes para reafirmarmos o posicionamento em defesa da Caixa 100% pública e do papel essencial que os bancos públicos desempenham para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto. Ele reitera que, no caso da Caixa, o propósito do governo Bolsonaro é fatiar e privatizar a instituição por meio da venda de subsidiárias, até que a empresa deixe de ser rentável, competitiva e a serviço da população.

O LEVANTAMENTO — Os entrevistados da pesquisa CNT/MDA também foram ouvidos sobre a venda de estatais como o Banco do Brasil, a Petrobras, a Eletrobras, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a Casa da Moeda. Eles se posicionaram resistentes a qualquer proposta de privatização, com exceção dos Correios.

Em relação à Petrobras, houve empate técnico. De um modo geral, o resultado do levantamento mostrou que quanto mais as pessoas têm a empresa pública como parte do dia a dia, menos elas defendem a privatização.

O presidente da Fenae observa que a crise sanitária em virtude da pandemia do coronavírus, aliada aos gargalos econômicos e sociais enfrentados pela população, tem mostrado — inclusive para os que defendem o Estado mínimo e as políticas de privatização — a importância do setor público para o país. Ele cita como exemplos o Sistema Único de Saúde (SUS) e bancos públicos como a Caixa, que fazem parte da história e do cotidiano do cidadão brasileiro.

“A sociedade deve continuar defendendo as empresas públicas e colocando-se contrária à entrega do patrimônio nacional ao capital privado, que não leva em conta o legado social, mas apenas o lucro”, destaca Sergio Takemoto.

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