Professor da Unesp é denunciado por assédio sexual

Foto: Reprodução
O professor Marcelo Magalhães Bulhões da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) foi denunciado por assédio sexual contra alunas. Estudantes realizaram um protesto na sexta-feira (1°) contra ele. Cartazes com mensagens de conotação sexual que o professor teria enviado para algumas das alunas foram fixados no campus Bauru (SP). Ele nega as acusações.
Conforme indica um dos cartazes, em uma das mensagens Marcelo, que é do departamento de Ciências Humanas, teria dito que “a verdade é que nosso desejo não passa”.
Nas redes sociais, estudantes publicaram prints das conversas e convocaram o protesto contra o professor. “Assediadores não passarão”, escreveu uma aluna.
O professor já havia sido denunciado por assédio em 2017, mas o caso foi arquivado no ano seguinte após procedimento administrativo. A universidade informou que o caso será investigado.
Seguranças da universidade retiraram os cartazes usados no protesto. Marcelo negou que tenha praticado assédio contra estudantes.
Veja a nota de posicionamento do professor na íntegra
“Foi com estarrecimento que fiquei sabendo que cartazes foram afixados no campus com teor acusatório a mim. Estou ainda chocado. De modo semelhante, foi com enorme e desagradável surpresa que em 2019, em postagem no Facebook, recebi uma acusação de assédio. Naquela altura, ao tomar conhecimento que um coletivo da Unesp havia feito acusações com esse teor, solicitei uma reunião com o grupo de alunas. Elas recusaram o diálogo. Solicitei essa reunião por, naquela altura, estar totalmente perplexo diante das acusações. Uma comissão de sindicância foi, então, constituída pela FAAC – Unesp. Após um processo de investigação, o arquivamento do processo se fez precisamente por afiançar que nenhuma ação do teor de assédio foi por mim cometida. No curso do processo, aliás, recebi depoimentos de incondicional apoio e elogio ao meu profissionalismo, escrito por dezenas de alunas que foram minhas orientandas (mestrado, doutorado e iniciação científica). Portanto, só posso afirmar que estou absolutamente estarrecido diante de uma situação que julgo absurda. Os cartazes, aliás, foram anonimamente forjados e afixados no campus. Sou docente da Unesp desde 1994, ou seja, trata-se de 28 anos de trabalho em sala de aula, tendo atuado ao lado de milhares de alunos, sem que qualquer mínimo indício concreto do que se pode ser classificado como assédio possa ser apontado. Atingem-me do modo mais vil. Entendo que legítimas e importantes demandas da atualidade – luta contra o racismo, movimento feminista – têm produzido uma mobilização de empatia diante de causas importantes. Nesse caso, todavia, estou sendo vítima de calúnia, cuja propagação em tempos digitais é implacável”.
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