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Proposta desidratada de militares do governo Bolsonaro pode gerar insatisfação na tropa

Jair Bolsonaro e os militares. Foto: AFP

Reportagem de Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli no Estado de S. Paulo informa que, principal responsável pela proposta de reestruturação das carreiras das Forças Armadas, o assessor especial do Ministério da Defesa, general Eduardo Garrido, diz que a reforma dos militares ficará “capenga”, caso o Congresso retire as propostas que mexem na remuneração e nas gratificações. Em entrevista ao Estado, o general diz que uma desidratação do projeto poderia levar à insatisfação dos militares nas redes sociais.

De acordo com a publicação, apresentada nesta semana, a proposta virou alvo de críticas no Congresso Nacional pelo baixo resultado em uma década. O governo prevê economizar R$ 97,3 bilhões em 10 anos, mas vai gastar R$ 86,85 bilhões no mesmo período com a reestruturação da carreira – um saldo positivo de R$ 10,45 bilhões.

Para Garrido, os militares já foram submetidos a um sacrifício muito grande. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro, de carreira militar, é muito mais sensível às demandas da categoria, mas reconhece que o Congresso poderá fazer ajustes na proposta. Na visão do general, os comandantes “precisam ter as tropas na mão”, completa o Estadão.