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Prova de que chats são autênticos vêm de diversos veículos, diz o Intercept

Sérgio Moro. Foto: Lula Marques / AGPT

Do Intercept:

No dia 9 de junho, o Intercept publicou os primeiros artigos da série #VazaJato, que tratam de abusos cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa da operação Lava Jato. Tanto a força-tarefa quanto o ministro Moro responderam negando qualquer impropriedade, mas não contestaram – e, implicitamente confirmaram – a veracidade do material publicado. Eles dizem “não reconhecer a autenticidade”, o que é diferente de dizer que os chats são falsos. Eles jamais apontaram uma frase sequer que teria sido, segundo eles, inventada ou adulterada.

Somente depois da repercussão atingir grandes proporções e ex-aliados ferrenhos da Lava Jato passarem a criticar duramente o comportamento revelado nas conversas – a exemplo do Estadão, que publicou um editorial no dia 11 de Junho exigindo a renúncia de Moro do Ministério da Justiça e o afastamento de Deltan; e da Veja, que dedicou a capa da edição do dia 19 de Junho ao desmanche da imagem de Moro – que o ex-juiz e os procuradores mudaram de discurso. Adotaram então a tática de insinuar – sem nunca afirmar expressamente – que enquanto (nas palavras de Moro) “tem algumas coisas que eu eventualmente posso ter dito,” as “mensagens podem ser total ou parcialmente adulteradas.”(…)

Até hoje – depois de cinco semanas e mais de uma dúzia de artigos publicados por Intercept, Folha, Veja, e pelo jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog e em seu programa na rádio Bandnews FM –, Moro e a força tarefa não apontaram um único indício de adulteração ou inautenticidade nas mensagens publicadas pelos diferentes veículos.

O que ocorreu foi justamente o oposto: diferentes veículos de mídia, de diferentes orientações e com credibilidade reconhecida – além dos nossos parceiros já citados, também El País, Correio Braziliense, Buzzfeed News – investigaram o conteúdo publicado e confirmaram – de diferentes formas, a partir de evidências concretas e segundo os métodos jornalísticos tradicionais – que o material publicado é totalmente autêntico.

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