Nosso colunista fez um documentário sobre a Marcha da Maconha de Maceió

Atualizado em 1 de junho de 2014 às 19:19
A marcha
A marcha

Fabiano Amorim, colunista do DCM, fez um documentário sobre a recente Marcha da Maconha de Maceió, sua terra.

Foi seu primeiro documentário depois do aplaudido trabalho que registrou a derrubada da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos.

Em 18 de maio, foi realizada a primeira Marcha da Maconha em Maceió, na praia da Ponta Verde.

Dentre as cerca de 400 pessoas que estiveram presentes, havia estudantes, professores e profissionais de diversas áreas. Havia muitos usuários de maconha, assim como também não-usuários que simpatizam com a causa.

Havia na marcha desde jovens de classe média alta até moradores da periferia, que formavam a maioria dos que estavam presentes. Até mesmo integrantes de torcidas organizadas rivais participaram juntos da Marcha sem que houvesse conflitos entre eles; algo raro em Maceió.

Os jovens, bem animados, gritavam palavras de ordem como “Oh Dilma… Roussef… legaliza o beque”, “Ei polícia! maconha é uma delícia!” e até “Eeeeeuu sou maconheiro… com muito orgulho… com muito amoooor”. .

Quando os manifestantes foram para a rua, o BOPE logo foi para a frente da pista e bloqueou-a com seus escudos e um carro do canil. A rua ao lado foi bloqueada pela cavalaria da PM. Não haveria lugar para onde ir.

Nesse momento, fiquei com muito medo que a polícia resolvesse atacar a manifestação e dispersá-la. Foram momentos de tensão e negociação com os representantes da prefeitura para tentar liberar a pista.

Isso e muito mais está registrado no documentário “Liberem a Maria Juana”. Também foram realizadas entrevistas com os organizadores nos dias anteriores da marcha, mostrando as expectativas dos mesmos sobre o evento, a motivação deles em realizar uma marcha da maconha em Maceió e suas opiniões sobre o tema.