Nome do PSDB pode mudar porque Doria não aprova expressão “Social Democrata”. Por José Cássio

Atualizado em 23 de março de 2019 às 18:43
A bolsominion preferida da galera faz parte do pacote desenhado pelo gestor (foto: divulgação Twitter)

Joice Hasselmann, líder do governo Bolsonaro no Congresso, foi proclamada por João Doria sua pré-candidata à prefeitura de São Paulo.

Vai confrontar o ex-vice do gestor, Bruno Covas.

Escolhida a candidata, o próximo passo de Doria é sintonizar as diretrizes filosóficas e ideológicas do PSDB com o discurso, digamos, conservador da pupila.

Essa medida está prevista para acontecer em maio, quando outro apadrinhado de Doria, o ex-voto 342 do impeachment, Bruno Araújo, assume o comando da Executiva nacional do partido.

Com o PSDB sob controle, um dos primeiros passos é mexer no estatuto.

Não está descartada inclusive uma alteração no nome, pois, segundo interlocutores, Doria não gosta da expressão ‘social democracia’.

“Eu mesmo nunca fui social democrata”, afiançou em entrevista ao jornal Valor Econômico o senador Paulo Bauer (PSDB-SC), um dos principais aliados do gestor. “Sou centro-direita. É algo mais confortável para todos nós”.

Doria também quer dar um chega pra lá em quadros da velha guarda tucana como Geraldo Alckmin, Aecio, Goldman, Serra e Aloysio – os dois últimos atolados até o pescoço nas denúncias que envolvem Paulo Preto.

Isso tudo misturado configura uma bomba prestes a explodir no colo de Bruno Covas e, especialmente, no colo dos Bolsonaros, pois se o plano der certo Doria só vai precisar esperar por algo que até a minha sogra jura que não demora para acontecer: a desmoralização completa de Jair, quando então poderá herdar os centenas de milhares de bolsominions que vagam a esmo pelo país.