“Única mídia que confio e sigo é VEJA ABRIL! A folha em um tempo atrás era ligado com grupos Comunistas! Espero que não seja uma armadilha! Cuidado!”

Atualizado em 17 de outubro de 2014 às 17:20

festacomunistas

Vou adotar um dos clichês de “polemistas”. Não vou citar nome. Digo apenas que ele se incomodou tanto com minha desconfiança (enorme) em relação a sua audiência que passou um dia todo anunciando o número de cliques que supostamente eram dirigidos a ele.

Para registro: cliques, em si, pouco dizem. O que conta, mesmo, são visitantes únicos. Se a mãe de alguém entra 100 vezes em seu blog por dia, aparecerão 100 visualizações diárias. Mas será um único visitante, identificado pelo IP.

Também para registro: o DCM, de janeiro (marco zero na fórmula atual) a setembro, saiu de 200 000 visualizações mensais para 2 milhões. O número de visitantes únicos bateu, em setembro, em 740 000.

Somos, hoje, o 42.o maior site de notícias do Brasil em visitantes únicos – e isso com um “jornalismo de butique”, não feito para atrair hordas com informações como o que se passa nas telenovelas. Os comentários postos em nossos textos – um material que enriquece vivamente os debates —  são o maior testemunho do alto nível de nossos leitores.

Para efeito de comparação: a portentosa Abril tem, em média, 8 milhões de visitantes únicos por mês. É a soma da Veja – toda ela, com seus múltiplos blogueiros e mais os repórteres que comparecem com suas notícias —  com os demais sites de notícia da casa.

São dados da ComScore, a fonte mais confiável da audiência digital, o equivalente ao que o Ibope representa para a tevê.

(Bem, quanto a nós, é o reconhecimento de um tipo especial de leitor ao jornalismo que fazemos – apartidário, verdadeiramente independente, cuja causa maior é um “Brasil Escandinavo”, como sabe quem nos acompanha.)

Mas voltemos ao ponto de partida. E sigamos num espesso, inexpugável anonimato, para adotar um clichê de polemistas.

Considere duas frases de pessoas diferentes, de épocas e nacionalidades distintas. O sentido de ambas é o mesmo.

Pulitzer, um dos maiores editores da história do jornalismo, e Nelson Rodrigues, que todos conhecemos.

Pulitzer disse que com o tempo uma imprensa tacanha acaba formando um público igualmente tacanho.

Nelson Rodrigues disse que uma mídia obtusa e um leitor obtuso justificam um ao outro e mutuamente se absolvem.

Agora leia este comentário de um leitor de certo polemista – lamento não declinar o nome, mas me comprometi com o anonimato — que escreverá uma coluna semanal num diário.

“Única mídia que confio e sigo é VEJA ABRIL! A folha em um tempo atrás era ligado com grupos Comunistas! Espero que não seja uma armadilha! Cuidado!”

A diferença entre sites e entre analistas se vê nos comentários que trazem.

E mais não digo.