Circula na internet há alguns anos uma entrevista de Jair Bolsonaro com Matheus Leitão, filho de Míriam e do também jornalista Marcelo Netto (acima).
Foi em 2015. Matheus colhia material para seu livro “Em Nome dos Pais”, sobre a trajetória de Míriam e Marcelo na clandestinidade em 1972 e 1973.
As imagens do encontro viralizaram. Bolsonaro as utilizou largamente, em versões editadas.
Pelo anti exemplo, Matheus dá uma aula de jornalismo. Completamente despreparado, não fez a lição de casa.
A conversa virou munição para os bolsonaristas, que a exploram loucamente nas redes sociais em dezenas de versões.
“Quando os militares assumiram o poder no Brasil?”, pergunta Bolsonaro em meio a uma discussão.
“O senhor sabe”, tenta escapar Matheus, para chutar na sequencia, perdido: “1º de março”.
Pouco adiante, ele questiona Bolsonaro a respeito de uma frase em que o deputado lamentava o destino da jiboia usada para torturar Míriam.
“O senhor disse ‘coitada da cobra’. O senhor reitera?”, quis saber.
“Reitero!”, retorquiu Jair, obviamente sem a menor hesitação. Ou Matheus achava que Bolsonaro iria chorar e implorar por seu perdão?
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