Olavo de Carvalho morreu aos 74 anos Relembre sua trajetória

Morreu, dia 24 de janeiro, o guru bolsonarista Olavo de  Carvalho aos 74 anos, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. A  informação foi compartilhada pela família de Olavo nas redes sociais.

A causa da morte não foi divulgada, mas ele estava com a saúde  debilitada após contrair covid-19. Ficou uma longa temporada internado  no Incor para se tratar de insuficiência cardíaca e renal no segundo  semestre de 2021.

“Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica a  notícia de sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond,  na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado”, diz a nota da família.

Bolsonaro lamentou a perda do que chamou de “farol” e de “um dos maiores pensadores da história do nosso país”. O astrólogo era chamado de guru pelo presidente. Inúmeras vezes, ao longo da carreira política, Bolsonaro recebeu conselhos de Olavo de Carvalho.

O guru de Bolsonaro faleceu com pendências na Justiça com o cantor Caetano Veloso. Em maio de 2021, a Justiça do Rio negou novo recurso do guru  bolsonarista, que alegava não ter como pagar ao cantor Caetano uma multa  acumulada de R$ 2,9 milhões por conteúdo ofensivo contra o artista. No  processo cabia recurso da decisão.

Olavo escreveu livros, mas sua popularidade se deu através das redes sociais. Com discurso de ódio, se tornou um porta-voz da extrema-direita. Era comum o astrólogo escrever textos difamando ou ofendendo algum opositor. Nem jornalistas escapam da "fúria" dele, que recebia o apoio dos seus seguidores.

Ele morreu muito frustrado com a família Bolsonaro. Chegou a falar isso publicamente. Não tinha boa relação com uma das suas filhas. Era um homem cheio de acusações, além de ter várias dívidas. Mesmo assim, vários jornalistas da grande mídia sempre deram espaço a ele. Um deles foi o apresentador Pedro Bial, que o chamou de "brilhante".

O guru de Bolsonaro foi homenageado pela extrema-direita, mas não foi poupado por democratas. Seu legado de ódio e ataques foi citado por milhares de pessoas. Ao longo da pandemia, criou mentiras e zombou de milhões de mortes.