Projeção na Tower Bridge culpa Bolsonaro por morte de Dom e Bruno
Após o anúncio de que os corpos do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados em 17 de junho na região do Vale do Javari, Bolsonaro foi responsabilizado pelo assassinato da dupla em projeção na Tower Bridge, na Inglaterra
“Bolsonaro é responsável por isso”, constou mensagem no telão. O caso da morte de dos ativistas foi marcado pela omissão de Jair Bolsonaro. O governo é favorável as práticas de garimpo, pesca e madereira ilegal em terras indígenas na Amazônia.
“O desaparecimento de Bruno e Dom é consequência da omissão do Estado brasileiro em uma região com povos indígenas em situação conflitante, com garimpo, narcotráfico, caça e pesca ilegal”, afirmou Renan Sotto Mayor, defensor público da União.
Por exemplo, em 2020, o presidente afirmou que abriria o garimpo em terras de preservação. “Por mim eu abro o garimpo. Tem um projeto para abrir o garimpo em terra indígena. Um projeto que os índios querem”, disse ele.
Bolsonaro, ao se posicionar sobre o caso e culpar as vítimas pelo caso, citou que a investigações de Bruno e dom foi uma “aventura” não recomendada.
“Realmente, duas pessoas apenas num barco, numa região daquela completamente selvagem é uma aventura que não é recomendada que se faça. Tudo pode acontecer”, falou o presidente em entrevista.
Logo no início do governo, Bruno Pereira foi exonerado da Funai cargo de coordenador-geral de Índios Isolados, na Funai, em outubro de 2019.
"Fizemos [no mês anterior] a maior destruição de garimpo do ano em região de índios isolados. A última operação de combate à mineração foi na reserva Yanomami. Cheguei à tarde e recebi minha exoneração”, declarou o ativista.