Relembre 7 vezes que Olavo de Carvalho minimizou a covid e a pandemia

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, o guru Olavo de Carvalho, faleceu  aos 74 no dia 24 de janeiro de 2022 por complicações da covid.  Autointitulado filósofo, embora não tivesse formação, ele tornou-se um  ideólogo de extrema direita e um negacionista científico. Ele negou as  mortes na pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo.

O DCM levanta as mentiras que o guru falou nesse  momento da pandemia. O Brasil já tem cerca de 620 mil mortes. O pensador  negou a existência da doença, suas consequência e espalhou teorias da  conspiração sobre o tema.

Em janeiro de 2020, Olavo já jogou a culpa em Bill Gates pela  pandemia. Num vídeo compartilhado em seu Facebook, um youtuber afirma  que o vírus foi criado pelo pai da Microsoft. Ele afirmou também que na  China, as pessoas estão ‘queimando suas casas’ quando descobrem que  estão com o vírus. O guru chancelou isso. O DCM procurou a Microsoft, empresa que foi fundada por Bill Gates, naquele mês. Eles ficaram cientes das mentiras circulando nas redes e estudaram tomar ações contra.

1. Jogou a culpa da pandemia em Bill Gates, acredite se quiser

No mês de março de 2020, ele chegou a negar a existência da pandemia.  A fala de Olavo foi durante uma transmissão no canal do Youtube do  Jornal Brasil Sem Medo, denominado “o maior jornal conservador do  Brasil”. No vídeo, ele afirma que “o número de mortes dessa suposta  epidemia [do coronavírus] não aumentou em nem 1 único caso o número  habitual de mortos por gripe no mundo. Nem um único caso, gente! Essa  endemia simplesmente não existe”.

2. Negou a existência da pandemia

Em maio de 2020, o guru escreveu: “O medo de um suposto vírus  mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e  fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”. Isso está  registrado em um post no Twitter.

3. Chamou a covid de “historinha de terror”

Em julho de 2020, Olavo questionou quando conservadores parariam de  usar o termo “pandemia” para se referir à pandemia de Covid-19. “Quando é  que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia”?”,  escreveu em seu Twitter.

4. Insistiu para a pandemia não ser mais chamada de pandemia

5. Disse que a cloroquina salvou “milhares de vidas”

No mês de julho de 2020, ele saiu em defesa da cloroquina afirmando que a droga divulgada por Jair Bolsonaro –  produzida aos montes pelo Exército após ordem do presidente – salvou milhares de vidas no Brasil. Em vídeo publicado pelo guru bolsonarista, ele já chegou a afirmar  que não havia nenhum morte pelo novo coronavírus confirmada e negou a  existência da pandemia. “Na França o primeiro-ministro e o ministro da Saúde que vetaram a  cloroquina perderam os cargos e respondem a processo. No Brasil, xingado  de genocida é o presidente que, liberando a cloroquina, salvou milhares  de vidas. Esse país é o paraíso da ignorância”.

Em janeiro de 2021, o escritor colocou em dúvida a mortalidade do  coronavírus, que chamava de “mocoronga vírus”. “Dúvida cruel. O Vírus  Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas  estatísticas?”, disse. Está no Twitter dele.

6. Duvidou das mortes na pandemia

O negacionismo do guru inspirou o governo Bolsonaro, a ponto do presidente imediatamente lamentar sua morte. Uma influência dele foi sobre o chamado “gabinete das sombras” do governo. A informação é de uma reportagem do DCM com informações de Heloisa de Carvalho, filha do guru. Vídeos e discursos do guru inspiraram médicos como Paolo Zanotto, Nise Yamagushi e outros médicos que minimizaram os efeitos da pandemia, insistiram no “tratamento precoce”, entre outros negacionismos científicos. O grupo foi investigado pela CPI da Covid.

7. Inspirou, ao que tudo indica, o gabinete das sombras do governo Bolsonaro