E Sérgio Moro já virou merecidamente piada. Por Paulo Nogueira

Atualizado em 15 de agosto de 2016 às 13:56
Palhaçada
Palhaçada

A última etapa da respeitabilidade de um juiz é quando ele se transforma em piada.

Foi o que aconteceu, merecidamente, com Sérgio Moro.

Neste final de semana, Zé Simão postou nas redes sociais uma frase que viralizou. Moro contratou Bolt para pegar Lula e Rubinho para pegar a mulher do Cunha.

Os historiadores do futuro poderão usar a tirada de Simão no capítulo em que tratarem de Moro e da Lava Jato.

É, numa palavra, uma vergonha a conduta de Sérgio Moro.

Ele age como se os brasileiros fôssemos idiotas. É como os juízes de futebol que cometiam barbaridades antes que chegasse a televisão para fiscalizá-los.

Todos conhecem a grande máxima política. Você enganar algumas pessoas algum tempo, mas não todo mundo o tempo todo.

Eis Moro.

Tinha que virar piada algum momento.

A má vontade abjeta com que ele trata a delação da Odebrecht é um escândalo. A única explicação é que nela você encontra Serra, Aécio et caterva.

E é um escárnio ele dizer que não consegue achar o endereço de Claudia Cruz. Até Rubinho já teria encontrado faz tempo.

Era mais honesto dizer: “Não encontro porque não quero, senhoras e senhores.” Ou então: “Não encontro porque tenho medo de Eduardo Cunha”.

Claudia Cruz está em algum lugar remoto no planeta? Passou pela Suíça para sacar dinheiro de mais uma conta secreta, fez uma plástica e está se passando por uma turista escandinava na Rússia?

Não.

Com irritante regularidade, você a vê na companhia do infame marido em restaurantes de luxo em fotos de colunas sociais.

Tinha que virar piada. Moro tinha que virar piada.

É uma boa notícia para o Brasil.