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A contracultura editorial do site O Antagonista

Sabino é o sem chapéu
Sabino é o sem chapéu

Você pode ter uma ideia da cultura editorial do site conservador O Antagonista pela história pregressa de um de seus fundadores e editores, Mario Sabino.

Sabino era redator-chefe da Veja, em meados dos anos 2 000, quando publicou um romance.

Contra todos os manuais universais de decência jornalística, Sabino mandou dar na Veja uma longa e entusiasmada matéria sobre seu livro.

Um trecho:

“Dois tipos de sedução aguardam o leitor de O Dia em que Matei Meu Pai (Record; 221 páginas; 25,90 reais). Primeiro, a sedução do bom texto literário, à qual ele pode se entregar sem medo. O romance de estréia do jornalista Mario Sabino, editor executivo de VEJA, é daqueles que se devoram rápido, de preferência de uma vez só, porque a história é envolvente e a linguagem, cristalina. Sabino possui atributos fundamentais para um ficcionista, como o poder de criar imagens precisas: em seu texto, ao ser atingido pelas costas um personagem não apenas se curva antes de desabar; ele se curva como se fosse `para amarrar os sapatos´.”

É uma demonstração de que o maior antagonismo do site — que essencialmente vive de minipontificações de Sabino e seu sócio Diego Mainardi — é em relação ao jornalismo decente.