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Campanha de Dilma muda estratégia e passa a questionar Marina como candidata da 3ª via

O comando da campanha da presidente Dilma Rousseff reúne-se nesta quarta-feira, em Brasília, para mudar a estratégia de campanha à reeleição da petista e, apesar de considerar uma tarefa difícil, tentará desconstruir a imagem de Marina Silva (PSB) como candidata da terceira via, disse à Reuters uma fonte do governo próxima aos coordenadores de campanha da petista.

O questionamento de Marina como a candidata da terceira via vai apontar para “contradições”, explorando os acenos de Marina e sua campanha a nomes ligados ao PSDB, as alianças do partido e a postura de negação da política. A análise, no entanto, é que há pouco tempo para se descobrir as fragilidades da candidata.

A nova estratégia vai ser posta em prática após pesquisas indicarem que Marina venceria Dilma em um eventual segundo turno e após ficar claro que o candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves, não é mais o principal adversário da presidente, segundo a fonte.

A avaliação do governo, segundo relatou a fonte, é que os resultados das últimas pesquisas estão influenciados pela emotividade envolvendo a tragédia com Campos.

Mesmo levando em conta o impacto emocional, a avaliação entre os coordenadores da campanha de Dilma é que Marina é a principal adversária, uma candidata forte, sem passado em administração executiva, com história quase lendária, difícil de ser desconstruída.

“A nova estratégia vai levar em conta o risco de que Marina é uma candidata que, dependendo da forma como se bate, ela cresce, porque ela se vitimiza. No debate entre os presidenciáveis (terça-feira na Band) isso foi considerado, e a presidente Dilma evitou bater em Marina por não estar claro se ela se aproveitaria disso.”

A fonte disse ainda que as pesquisas recentes acenderam a luz amarela no comando da campanha de Dilma e aumentaram o nível de tensão, mas que nem por isso está sendo cogitada a substituição da presidente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o candidato do PT à Presidência.

“Não há chance de haver essa troca, faltam apenas seis semanas para a eleição”, disse a fonte. Legalmente, no entanto, o candidato de um partido pode ser trocado até 20 dias antes do pleito, que ocorre no dia 5 de outubro.

Saiba Mais: reuters