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Duvivier: Foi golpe, mas foi top

 

Na sua coluna na Folha:

O Brasil precisa urgente parar de brigar com essa coisa de: “Foi golpe ou não foi golpe?”. A gente precisa falar a verdade. Foi golpe? Foi. Teve crime de responsabilidade? Não. Mas foi merecido? Foi. Mais que isso: foi top? Foi.

Foi golpe, mas ainda se pode cometer um belo crime à luz do dia. Aecinho pediu R$ 2 milhões e continua solto. Perrella também. Os helicópteros de cocaína continuam voando pra cima e pra baixo. Até o Rocha Loures, o homem da mala, continua solto. Todo o mundo com a boca na botija e fazendo a festa.

Ou seja: foi golpe, mas foi sussa (…)

Foi golpe, mas passou. Temer instalou um misturador de vozes no Planalto e agora pode falar sobre o que quiser com quem quiser. Ufa. Um presidente ouvido pela polícia no Brasil não dura uma semana. E tudo bem que foi golpe. Mas já deu. Foi golpe, mas tá bom. Parou. (…)

Foi golpe, mas foi show: a bolsa subiu, o dólar baixou. Ou seja: tudo o que o Brasil precisava era de um golpinho de vez em quando. E quem não gostou que faça o seu próprio golpe.