Apoie o DCM

Globo tenta explicar oficialmente fiasco de Babilônia

Da folha, em entrevista com o diretor-geral da Globo, Carlos Henrique Schroder:

(…)

Como vocês avaliam o que houve com “Babilônia”?
A gente fez muitas reuniões de avaliação. Tem dois fatores: um, claro, a novela em si. Alguma coisa da trama não funcionou, óbvio.

Mas, ao mesmo tempo, teve uma mudança com a estreia de “Os Dez Mandamentos” [Record] e a novela infantil que o SBT colocou. Algum público já tinha saído ali também. Não vou tirar o mérito de um lado e talvez a fragilidade do outro, mas as duas combinações aconteceram.

Mas isso vai continuar… Vem outra novela bíblica, SBT faz outra infantil.

Vai. Mas acho que sempre que você tem um produto forte, você derruba isso. Por isso acho que tem uma fragilidade do que aconteceu e aí propicia um terreno fértil para o outro crescer. Quando você tem um produto forte não tem jeito, é vencedor.A [próxima] novela do João Emanuel Carneiro [“A Regra do Jogo”] está muito forte, boa.

Estão pisando em ovos após “Babilônia”?

Conversamos muito internamente sobre isso. O país é mais conservador do que você imagina. É mais ou menos essa a resposta.

(…)

Como vê a chegada da GFK [empresa alemã que irá concorrer com o Ibope na medição de audiência]?

Estamos acompanhando. A gente só não quis fazer um contrato antecipado. Nunca dissemos que não vamos [assinar o contrato].

Existe mercado para duas medições?

Difícil, né. Imagina todas as agências, TV, comprando isso. O que será estranho é se aparecer um número muito diferente, seja para que lado for. Aí alguém vai ficar sob suspeita.