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Lava Jato: empreiteiros dormem em colchões no chão de três celas

 

Os 23 presos da Operação Lava Jato estão, desde sua chegada à sede da Polícia Federal, em Curitiba, na área da carceragem onde ficam três celas. Alguns tiveram que dormir em colchões no chão e comeram a comida fornecida a todos os presos pela polícia.

Advogados de defesa, que no sábado chegaram a reclamar da falta de acesso imediato aos clientes, afirmaram que, apesar do espaço pequeno para tantos detidos, não houve reclamações por parte deles quanto às condições do local.

Hoje, os 23 continuarão a ser ouvidos pela PF. Como amanhã vence o prazo das prisões temporárias, eles poderão ser soltos, caso não haja renovação dos pedidos de encarceramento – o que inclui o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque – ligado ao PT – e executivos de várias das principais construtoras do País.

Pelo menos cinco dos presos nesta sétima etapa da Operação Lava Jato, entre eles Duque, foram levados na manhã de ontem para o Instituto Médico-Legal de Curitiba (PR) para fazer exame de corpo de delito e voltaram para a carceragem, onde foram instalados na madrugada do sábado.

Além de Duque, foram encaminhados ao IML o presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho. Além dos exames de corpo de delito, os presos foram ouvidos pelos delegados do caso, acompanhados de seus advogados.

Uma lista com a programação de depoimentos foi entregue aos advogados. O presidente da UTC – empreiteira acusada de ter se associado comercialmente ao doleiro e delator Alberto Youssef – tem depoimento marcado para amanhã. Seu advogado, Alberto Toron, foi um dos que visitaram seus clientes ontem.

A operação identificou estreito relacionamento de Pessoa com o doleiro Youssef. A Polícia Federal suspeita que Youssef seja sócio oculto do presidente da UTC.

 

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