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Mais um esqueleto no armário do juiz que prendeu Garotinho e chamou Gilmar Mendes de corrupto

Da Gazeta online:

Um empresário capixaba acusa um juiz criminal do Rio de Janeiro de ter sacado e apontado um pistola para sua cabeça no meio de uma das pistas de dança do Multiplace Mais, em Meaípe, Guarapari. A confusão ocorreu por volta das 5 horas de ontem, após um show da banda Skank.

Alex Pimentel estava com a namorada, e diz que ela teria sido importunada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira. O empresário afirma que o juiz assumiu uma atitude agressiva diante de sua aproximação, sacando uma pistola. Na confusão, o empresário foi imobilizado pela segurança e seria levado para fora, caso não fosse reconhecido. Ele é dono de um estacionamento e de uma sorveteria próximos da casa de shows.

Na polícia
O empresário contou que pediu para que os seguranças não deixassem o juiz sair da boate e chamou a polícia. “Ele (o juiz) não alegou nada. Só determinou que os seguranças me levassem forçado para o lado de fora”, disse. Junto com testemunhas, ambos prestaram depoimento no DPJ de Guarapari e foram liberados no início da tarde.

Uma das testemunhas, a estudante Ana Flávia Barbosa, 27 anos, moradora de Viçosa (MG), afirmou que não assistiu ao princípio da confusão nem o que foi dito, mas garante que viu o juiz apontando a arma. “Achei que fosse alguma brincadeira, mas veio aquela multidão de seguranças”. Seu namorado, Gustavo Neves de Souza, só viu Pimentel sendo levado.

O juiz nega as acusações, mas confirma que estava armado. Ao entrar, comunicou a seguranças da casa que portava uma pistola. O mesmo fez um de seus amigos, um médico perito legista que atua no Rio. A segurança da casa confirmou a informação.

Ao deixar a delegacia, o juiz Glaucenir de Oliveira evitou declarações detalhadas, porém garantiu que a acusação do empresário é descabida. Em depoimento, relatou que sofreu um esbarrão seguido de uma cotovelada, e que, ao se voltar, segurou a pistola sem chegar a tirá-la do coldre. Ele teria feito o movimento por reflexo.

Juiz criminal em Campos, Oliveira declarou à Polícia Civil que costuma andar armado e acompanhado de amigos que atuam como seus seguranças. Seria um cuidado, pois já teria sofrido ameaças de criminosos.

Por determinação do delegado de plantão no DPJ de Guarapari, Leandro Barbosa, o inquérito vai tramitar em sigilo. Ambas as parte pretendem apresentar novas testemunhas. De calibre 380, a pistola não foi apreendida, pois o juiz possui porte de arma e prerrogativa de foro. Pimentel, que se coloca como vítima no episódio, pretende mover uma ação contra Oliveira por abuso de autoridade.

Versão do magistrado
Glaucenir Silva de Oliveira , Juiz criminal envolvido em uma confusão dentro de uma boate

“Tudo aconteceu por causa de um sujeito que não sabe beber”
O que aconteceu na boate?
Tudo aconteceu por causa de um sujeito que não sabe beber, que eu não conheço, que eu nunca vi na vida, que me agrediu por trás. E eu chamei a segurança da casa.

O senhor sacou uma arma lá dentro?
Não. Eu nunca o vi na minha vida. A esposa dele veio me pedir desculpas, chorando. Pediu que eu não fizesse nada com ele. Eu disse que ela fosse com os seguranças. O que aconteceu foi apenas um procedimento legal.