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Na reta final, Lula ‘ressurge’ como trunfo para Dilma

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Depois de aparições bem dosadas até aqui e de certa forma separadas dos eventos principais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com força na reta final da campanha da presidente Dilma Rousseff.

Ausente no pronunciamento de Dilma em Brasília após o primeiro turno, o “padrinho eleitoral” pôs o pé na estrada e voltou aos palanques.

Depois de fazer campanha em Belo Horizonte na semana passada com um discurso acirrado criticando o candidato do PSDB, Aécio Neves, justamente no domicílio eleitoral deste, na terça-feira, Lula investiu seu capital político onde é mais forte – seu estado natal no Nordeste.

O ex-presidente acompanhou Dilma em três visitas a Pernambuco, um colégio cujo voto ainda está dividido após a morte de Eduardo Campos e a saída de cena de Marina Silva – e com o PSB agora encampando a campanha de Aécio.

Pernambuco foi o único Estado nordestino em que Dilma não venceu no primeiro turno – Marina ficou em primeiro lugar, com 48% dos votos, contra 44% dados a Dilma, e 5,9%, a Aécio.

Num discurso em Pernambuco, Lula ressaltou os avanços no Nordeste, com o aumento de investimentos na região.

“Os nordestinos conquistaram o direito de andar de cabeça erguida”, discursou Lula.
“Provaram que não nasceram para ser pedreiro nem ir ser construtor de ponte lá em São Paulo.”

A estudante de direito Andrezza Caroline Albuquerque, de 19 anos, acompanhava tudo com a família na porta de casa, bem em frente ao local do comício.

Ela disse ter votado em Marina no primeiro turno, mas agora está apoiando Dilma por considerar que as políticas do PT trazem mais oportunidade às classes menos favorecidas. Mas a estudante acha que a presença de Lula dará mais chances a Dilma.

“Quem segura ela aqui (em Pernambuco) é o Lula. Ela não tem muito carisma para atrair as pessoas. Já o Lula, as pessoas se identificam muito com ele”, diz. “Nessa reta final, ele veio para chamar o povo para a rua.”

Coincidência ou não, as primeiras pesquisas mostrando Dilma à frente de Aécio surgiram justamente depois da intensificação da participação de Lula na campanha.

Saoba Mais: bbc