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O retorno de Enéas, ícone da extrema-direita e ‘herói’ de Bolsonaro

 

Da BBC:

Visto como autoritário e truculento por muitos, um político se lança à Presidência prometendo restabelecer a ordem no Brasil. Aos berros, acusa PT e PSDB de serem faces da mesma moeda, defende os valores da família tradicional brasileira e questiona os interesses internacionais por trás da demarcação de reservas na Amazônia.

Não estamos falando da movimentação do deputado federal Jair Bolsonaro rumo a 2018, mas sim da candidatura do médico acriano Enéas Carneiro ao Palácio do Planalto, em 1994.

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Vinte e três anos depois, várias bandeiras de Enéas ressurgem na disputa presidencial – agora encampadas por Bolsonaro, que se diz grande admirador do cardiologista acriano e o considera uma de suas maiores influências na política.

O apreço é tanto que, em maio, o deputado e seu filho, Eduardo Bolsonaro, propuseram uma lei para que Enéas seja incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria – lista de personagens que, segundo página do Senado, “protagonizaram momentos marcantes da história do Brasil” e tiveram seus nomes aprovados em votação no Congresso e que conta atualmente com 41 nomes, entre eles Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Dom Pedro 1º, Santos Dumont, Chico Mendes, Getúlio Vargas e Heitor Villa-Lobos.

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Em outra frente, o Partido Ecológico Nacional (PEN) – pelo qual Bolsonaro deve disputar a Presidência – anunciou que cogita mudar o nome para Prona em homenagem ao político acriano.